domingo, 31 de agosto de 2008

VINGANÇA

© Cameronc / Dreamstime.com

É a reportagem de capa da VEJA desta semana. “A vingança... (inibe) o agressor...de atacar de novo... A natureza, que nos armou com o desejo de vingança, sabiamente implantou em nossos genes...a capacidade de perdoar... (para) interromper espirais de violência provocadas pela vingança.” Mas a reportagem não enfrenta o problema de conciliar essas duas características humanas. Para tal, recorro a meu livro “Dá trabalho ser feliz, mas vale a pena”: “(perdoar) liberta de sentimentos rancorosos que servem apenas para aprofundar e prolongar a dor, consumir forças e imobilizar. Perdoar é deixar de odiar, não esquecer... (ou) eximir de punição...” E qual seria a melhor punição (vingança)? Excluir o faltoso do convívio dos bons. Institucionalmente, nos casos mais graves, mandando-o para cadeia. Mas na falta da solução institucional, “a melhor forma de não se prejudicar com pessoas inescrupulosas é não se relacionar com elas: não votar no político corrupto, não comprar do comerciante desonesto, não conviver com o amigo infiel, não trabalhar para o patrão explorador, etc.”

― 009 ―