segunda-feira, 31 de agosto de 2009

QUEM NASCEU PRIMEIRO O ÔVO OU A GALINHA?

© Roman Dekan | Dreamstime.com

O ovo-de-galinha nasceu primeiro que a galinha. As mutações acontecem no momento da fusão dos gametas feminino e masculino quando alguma falha na transcrição ou ordenamento das bases genéticas resulta num gene inédito para espécie, não herdado da fêmea, nem do macho que o produziram. Portanto, num belo dia, um casal de ancestrais, que ainda não podiam ser denominados galinha, copulou e houve uma falha no processo de fusão dos gametas que resultou no inédito ovo-de-galinha, que, chocado, deu origem a primeira galinha.

― 062 ―

terça-feira, 25 de agosto de 2009

BEBÊ MULATO DE CASAL BRANCO!

© Yobro10 | Dreamstime.com
Um casal branco espera um filho. Nasce um bebê mulato. Todos são unânimes em acusar a mulher de infidelidade. Ela jura inocência, se desespera, mas não consegue explicar, nem entender o que possa ter ocorrido. E ela é realmente inocente, o bebê, pasmem, nasceu de um desconhecido que ela e o marido sequer viram.

ELEMENTAR MEU CARO WATSON...

Se o improvável jamais acontecesse, ninguém jogava na loteria.

Nove meses atrás, o marido teve relações extraconjugais com uma mulher logo após ela se deitar com um homem de raça negra. Como vimos na postagem anterior o relevo da parte posterior da glande funciona como um rodinho para retirar o esperma alheio. Principalmente no caso do homem não ser circuncidado, um pouco desse esperma fica retido em baixo do prepúcio. Ao chegar em casa, sem ter se lavado, ele fez sexo com sua mulher e o improvável aconteceu: fecundou-a com o esperma que trouxe da rua.

― 061 ―

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

POR QUE DESTA FORMA?

Você já se perguntou por que a forma do pênis humano lembra um cogumelo? Por que não é basicamente um canudo “sem cabeça” como o de outras espécies?



O professor Gordon Gallup da Universidade Estadual de Nova York pesquisou que vantagem evolutiva teria o formato e descobriu que o pênis humano exerce função dupla no coito: depositar esperma e expulsar o sêmen alheio que lá estiver. Durante o vai-e-vem do ato sexual, a glande, pontiaguda e revestida de pele lisa, funciona como um flecha que entra fácil, mas, ao sair, arranca o que estiver no entorno, no caso, o esperma do outro. A teoria foi publicada, em co-autoria com Rebecca Burch, no jornal “Evolutionary Psychology” em 2004. Para testá-la, o pesquisador comprou numa sexy shop uma vagina anatomicamente bem formada e falos com e sem glande. Colocou esperma artificial na vagina e simulou coitos com os dois tipos de falos: os com glande removeram 91% do esperma “alheio” contra apenas 35,3% dos “sem cabeça”. Achou bizarro? Gordon e co-autores receberam aprovação da universidade para fazer a pesquisa que, posteriormente, foi publicada no jornal “Evolution & Human Behavior”.

Depois de estudar a mecânica do coito, Gordon e Rebecca nos deixam uma pergunta intrigante: pode uma mulher engravidar de um desconhecido sem nunca ter feito sexo com ele e, obviamente, sem fazer inseminação artificial? Dou a resposta na próxima semana.

Baseado em artigo de Jesse Bering para Scientific American (on-line) de 27 de Abril de 2009: http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=secrets-of-the-phallus&print=true

PS: A observação de um leitor levou-me a nova consideração sobre o assunto, veja nos comentários.

― 060 ―

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

TODO SER HUMANO TEM “DUAS CARAS”

“Duas caras” é uma ofensa, significa que o sujeito não é o que aparenta ser, age de uma maneira pela frente e, às escondidas, de outra. O evolucionismo, entretanto, nos informa que isso é uma característica da natureza humana, todos agimos assim. É natural parecer-se mais confiável do que se é, inclusive, julgar-se melhor do que se é. E as leis que garantem a privacidade dos cidadãos nada mais são do que o reconhecimento de um direito: o de parecermos mais íntegros, mais puros do que realmente somos.

Então, quem é considerado “duas caras”? Apenas aquele que por exagero, ou descuido, é desmascarado.

― 059 ―

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

É NATURAL O BEBÊ ENGATINHAR? NÃO.

© Uros Ravbar | Dreamstime.com

Pais e pediatras geralmente concordam que é natural o bebê engatinhar como uma etapa preparatória para aprender a andar. Acredita-se até que seja um pré-requisito para o desenvolvimento neuromuscular e neurológico de funções importantes como a coordenação das mãos com os olhos e o amadurecimento da sociabilidade.

Os antropólogos discordam.

Engatinhar é um modismo cultural recente. Nas sociedades tribais de caçadores-coletores os bebês são carregados até atingirem a idade de começar a andar. Você certamente já assistiu documentários em que mulheres indígenas trabalham carregando bebês atados a seus corpos, alguns até bem grandinhos, mas, por acaso, se lembra de ter visto indiozinhos engatinhando? Durante a Pré-História e a maior parte da História humana o chão foi um lugar demasiadamente sujo e inseguro. As habitações não tinham saneamento básico, não eram dedetizadas e nem bem isoladas do exterior, era frequente aparecerem lobos, cobras, ratos, taturanas, lacraias, escorpiões, baratas, pulgas, carrapatos, etc. Em tempo, nossos “primos” chipanzés e gorilas aprendem a andar sem engatinhar.

Baseado no artigo “Hitching a Ride”, pág. 12 da Scientific American de Julho/2009.

― 058 ―