
Pais e pediatras geralmente concordam que é natural o bebê engatinhar como uma etapa preparatória para aprender a andar. Acredita-se até que seja um pré-requisito para o desenvolvimento neuromuscular e neurológico de funções importantes como a coordenação das mãos com os olhos e o amadurecimento da sociabilidade.
Os antropólogos discordam.
Engatinhar é um modismo cultural recente. Nas sociedades tribais de caçadores-coletores os bebês são carregados até atingirem a idade de começar a andar. Você certamente já assistiu documentários em que mulheres indígenas trabalham carregando bebês atados a seus corpos, alguns até bem grandinhos, mas, por acaso, se lembra de ter visto indiozinhos engatinhando? Durante a Pré-História e a maior parte da História humana o chão foi um lugar demasiadamente sujo e inseguro. As habitações não tinham saneamento básico, não eram dedetizadas e nem bem isoladas do exterior, era frequente aparecerem lobos, cobras, ratos, taturanas, lacraias, escorpiões, baratas, pulgas, carrapatos, etc. Em tempo, nossos “primos” chipanzés e gorilas aprendem a andar sem engatinhar.
Baseado no artigo “Hitching a Ride”, pág. 12 da Scientific American de Julho/2009.
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