terça-feira, 25 de novembro de 2008

ELIMINANDO MODERNIDADES

O progresso aumenta a disponibilidade de alimento e de conforto incentivando o indivíduo a ingerir mais e gastar menos calorias. Para combater esse duplo estímulo à obesidade, recomendo¹ eliminar modernidades². Não é suficiente, mas ajuda.
Além de tomar banho frio e não adoçar bebidas com açúcar³, eliminei outras modernidades de meu cotidiano. Praticamente, não uso o elevador para subir até quatro andares ou descer seis — como moro numa casa de três pavimentos e meu escritório fica no quarto andar de um edifício, uso bastante as escadas; no trabalho, vou às salas e falo pessoalmente em vez de usar o ramal telefônico, é simpático e exercita; com clima agradável, faço pequenos deslocamentos a pé; antes de tomar um táxi, caminho um trecho; quando meus filhos eram menores, evitava a tevê e o computador, corria atrás deles, jogava-os para o alto – com o devido cuidado –, eles adoravam e eu me movimentava.
  1. No livro Dá trabalho ser feliz, mas vale a pena.
  2. Toda regra tem exceções, algumas modernidades ajudam a emagrecer, como o game Wii que obriga os participantes a fazerem os movimentos corporais dos vários jogos em vez de apenas utilizar botões ou joysticks e, óbvio, os produtos diet.
  3. O uso atual do açúcar também é uma “modernidade”. Antes da época dos descobrimentos, o açúcar era uma especiaria usada apenas como tempero, assim como o sal e a pimenta. Os doces e o hábito de adoçar bebidas se popularizaram depois que o advento do engenho, dentre outras tecnologias, aumentou a oferta de açúcar.

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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

BANHO FRIO TAMBÉM EMAGRECE!

© Sonyae / Dreamstime.com
Na postagem anterior dei um exemplo, mas existe uma infinidade de bons hábitos para nos fazer ingerir menos ou gastar mais calorias. Tomar banho frio consome algumas calorias por dia que, ao longo do ano, fazem diferença. “Certa vez vi na televisão um piloto, ex-campeão de Fórmula-1, falando sobre sua dieta. Antes de contar o que comia no café da manhã, disse: ‘para manter o peso ideal, começo o dia tomando um banho frio...’.”

Atendendo a Maria Angélica, a mais fiel comentarista deste blog, detalharei melhor o assunto: Grande parte das calorias que consumimos é utilizada para manter nosso corpo aquecido. A grosso modo, 1 caloria é a quantidade de energia necessária para elevar em 1° centígrado 1 grama de água, imagine quantas não são necessárias para manter a 36,5° um corpo de, digamos, 70 Kg (70.000 g). Sendo boa condutora térmica, a água resfria nosso corpo, obrigando-o a se aquecer “queimando” calorias.
A condutibilidade térmica é uma propriedade interessante: descalço num dia de inverno, você vai achar o piso de ladrilho da cozinha mais frio que o tapete da sala — embora estejam exatamente na mesma temperatura — porque aquele é melhor condutor térmico que este e, portanto, “rouba” mais calor do pé.

O texto entre aspas foi extraído do livro “Dá trabalho ser feliz, mas vale a pena”.

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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

"AGUA MOLE EM PEDRA DURA...

© Sash77 / Dreamstime.com
tanto bate até que fura." Esse ditado sintetiza bem a força da repetição. Quem não suporta amargo nem adoçante, pouco a pouco, engorda muito.
Quando o adoçante artificial não era tão comum, fui designado para um novo local de trabalho. À nossa disposição ficavam duas garrafas térmicas de café, uma com muito açúcar e a outra sem. A maioria dos colegas misturava um pouco de cada garrafa, enquanto outros, como eu, se adaptaram ao café sem açúcar.
Atualmente muitos apreciam café amargo, mas há 25 anos era uma certa excentricidade. Eu, um jovem comum, casado, trabalhador, “careta”, comecei a gostar de ser considerado excêntrico. Radicalizei. Deixei de usar açúcar ou adoçante em todas as bebidas: café, café com leite, suco de fruta, caipirinha, qualquer coisa.
Com o tempo, eduquei meu paladar ao sabor natural das bebidas. Quando inadvertidamente tomo um gole de café com açúcar, consigo distinguir o sabor da cana misturado ao do café e, para mim, não combinam.
Resolvi fazer as contas de quantas colheres de açúcar deixei de consumir. Tomo uma xícara de café com leite (uma) e um copo de suco de fruta (duas) no desjejum e, no escritório, uns três cafezinhos (uma em cada). Só aí deixo de ingerir seis colheres de açúcar por dia. Multiplicando por 365, chega-se a mais de 2 mil em um ano ou 50 mil nos 25 anos em que cultivo esse hábito. Como uma colher rasa de chá de açúcar tem 5g, 50 mil colheres equivalem a 250kg. Ter deixado de ingerir 250kg de açúcar, certamente, fez alguma diferença no meu peso.

Texto extraído, com adaptações, do livro “Dá trabalho ser feliz, mas vale a pena”.

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