Tratar o amor filial como um vínculo genético da criança com quem a gerou é sedutor, mas está totalmente errado. Na realidade, o amor filial é um mecanismo de sobrevivência da espécie humana que se manifesta como uma predisposição para amar a mãe que alimente e proteja.
Além de ser incapaz de fazer os filhos amarem os pais, o vínculo genético também não garante o amor dos pais pelos filhos. Veja esse extrato da pág. 54 do livro “Dá trabalho ser feliz, mas vale a pena”: “Conheço uma moça que foi inseminada com material genético de um banco de esperma norte-americano e teve uma filhinha. A menina é uma gracinha. Ainda assim, duvido que o doador do sêmen, que nem sabe que tem uma filha no Brasil, a ame.”
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