A Revista Veja desta semana destaca em reportagem de capa as mulheres que dizem não à maternidade,
o que denomina de uma revolução que está
mudando a cara do Brasil e do mundo. Inclui depoimentos de mulheres com
notório sucesso profissional que não relatam qualquer dúvida ou desconforto com
a opção de não ter filhos, somente a incompreensão alheia as apoquenta.
A ciência nos diz que o prazer é um estímulo biológico aos
atos imediatos de preservação da espécie, não é por acaso que se alimentar e
fazer sexo são prazerosos. No livro que da nome ao blog
levantei a hipótese de que a felicidade pudesse ser um estímulo para atos de
preservação da espécie de mais longo prazo, não seria por acaso que filhos,
que dão trabalho, preocupação e despesas, sejam apontados pelos pais como fontes
de felicidade.
Ficam as perguntas: A hipótese que levantei é equivocada? Será
que as mulheres que abdicaram da maternidade, para se reafirmarem, relatam
apenas o lado bom da opção? Ou falta sinceridade aos casais com filhos?
Parece-me contraditório, no mínimo paradoxal, que todos estejam certos.
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