sábado, 30 de abril de 2011

WILLIAM E KATE: POR QUE AGORA?

O príncipe William e Kate Middleton vivem juntos há anos*, por que resolveram se casar? Para terem filhos.

Em 2009, comentei sobre a atual dificuldade de se definir as relações estáveis dos casais: há quem more junto e se diga namorado e quem não coabite e se declare casado. Na postagem** sugiro definir-se casamento como o compromisso amoroso entre duas pessoas que têm ou querem ter filhos e namoro como o acordo afetivo que não inclui filhos. A diferença entre casamento e namoro não estaria na durabilidade, qualidade ou intensidade da relação e sim na disposição (ou não) de compartilhar a responsabilidade sobre filhos.

Namorar é um passo, morar junto é outro e constituir família, outro. William e Kate, como fazem muitos plebeus, namoraram um bom tempo morando separados e outro tanto morando juntos até resolverem ter filhos. Mas eles não têm direito de escolher entre casamento consensual e formal, entre simplicidade e luxo, pois, como herdeiros do trono, são obrigados aos protocolos da realeza.


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quarta-feira, 20 de abril de 2011

ESTOU FICANDO VELHO!

© Otto Kalman | Dreamstime.com
Vi em um programa feminino de tevê uma mulher bonita, inteligente e heterossexual dando um depoimento: “A pessoa com quem estou casada...”

No meu tempo, as mulheres “eram casadas” e não “estavam casadas” e denominavam o cônjuge de "meu marido". Simples e claro.

Por que essa mulher contemporânea prefere camuflar o sexo de seu homem atrás do termo "pessoa" como faziam os homossexuais do século passado? Não entendo, estou ficando velho.

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sexta-feira, 15 de abril de 2011

O RESCALDO EMOCIONAL DAS TRAGÉDIAS

O tema foi recolocado na ordem do dia pela tragédia na escola de Realengo no Rio de Janeiro. Quem morre sofre perda absoluta. Mas o que acontece aos parentes e amigos que sobrevivem?

A questão é muito estudada nos EUA porque, além desse tipo de acontecimento ser mais frequente por lá, é um país guerreiro em que famílias perdem jovens em combate.

Embora o sentimento imediato seja de dor irreparável, pesquisas revelam que, decorridos 6 meses, menos de 10% dos envolvidos ainda apresentam distúrbios de estresse pós-traumático (depressão, ansiedade, dificuldade para dormir, etc).

As entrevistas foram gravadas em vídeo para que as contrações involuntárias dos músculos orbiculares (ao redor) dos olhos, conhecidas como expressões de Duchenne, pudessem confirmar se a expressão facial do entrevistado refletia uma emoção real ou apenas conveniência. Isso porque as pessoas costumam exagerar no relato dos sintomas de pesar, até como forma de expressar melhor o amor pelas vítimas.

O fato é que o cérebro humano tem mecanismos para restabelecer seu equilíbrio sempre que o estado emocional suba ou desça demais. Graças a eles, o estresse acaba, mas a lembrança triste e a saudade perduram.

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segunda-feira, 4 de abril de 2011

BANHEIROS FEMININOS

Minha mulher e eu estamos comemorando meu aniversário em Paris. Em viagem, frequenta-se aeroportos, cinemas, teatros, museus, etc. É sempre a mesma coisa, banheiro masculino sem fila e feminino com fila. No mundo todo, banheiros públicos costumam ser do mesmo tamanho para ambos os sexos. É óbvio que, para haver igualdade de direitos, para atender ao mesmo número de pessoas por hora, o banheiro das mulheres deveria ser maior. Nunca vi, nem feministas, reclamarem publicamente.

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