domingo, 6 de março de 2011

SELEÇÃO SEXUAL

© Bobby Deal | Dreamstime.com
“Eu quero que você vá fazer é um doutorado.” (Pai para filho de 21 anos, ao ouvir que ele ia fazer uma tatuagem.) *

A evolução das espécies baseia-se na Seleção Natural, de que é parte a Seleção Sexual, que apregoa ser preciso atrair parceiros para se reproduzir. E para atraí-los, sem emprego da força bruta, há que se sobressair.

Para tal, há o caminho árduo da excelência ― como fazer doutorado, praticar um esporte à exaustão, dedicar-se excepcionalmente à carreira profissional ― e o caminho fácil da extravagância ― como tatuar-se, furar-se de piercing, etc.

O problema do caminho fácil é que, por ser fácil, logo, logo, um mundaréu de gente o segue e ninguém mais se diferencia, fica vulgar. Quem percorrer os canais de tevê por assinatura na madrugada vai ver que (quase) todas as peladas do entretenimento erótico são tatuadas.

É válido diferenciar-se do jeito fácil, mas é inteligente usar um expediente reversível que dê para se desfazer quando a moda começar a se vulgarizar.

(*) Contribuição de Edson Pitty para a coluna Entreouvido por aí da Revista O Globo deste domingo.


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