terça-feira, 21 de abril de 2009

O FEMINISMO MORREU? – 3ª Parte (final)

Namorados resolvem casar-se, ambos têm bons empregos. Independentes e acreditando na igualdade entre os sexos escolhem o regime de separação total de bens. Os filhos vêem, um, dois e, num descuido, o terceiro. Diariamente, ela se esforça para sair cedo do serviço para cuidar da casa e das crianças. Ele segue focado no trabalho, 10 horas por dia, até mais. Torna-se sócio da empresa. O salário dela deixa de ser significativo no orçamento familiar e ela se demite para cuidar exclusivamente do lar. Os filhos crescem e saem de casa. Ele se apaixona por uma jovem. O casal se separa num clima péssimo. Ele está rico. Ela nada tem e nada pode reivindicar.

Partindo-se da premissa falsa, no entender do evolucionismo da igualdade entre os sexos, nada está errado. Como diz o dito popular “o combinado não é caro”. Se o casal combinou casar-se em separação total de bens, ela investiu num bem com valor apenas afetivo (os filhos em comum) e ele investiu num bem financeiramente valioso (o trabalho), nada mais justo do que ele ficar rico e ela pobre, ele bem e ela mal. Quem mandou ser “burra”? As mães que criem meninas e meninos exatamente da mesma maneira que, na próxima geração, o problema desaparece (se o darwinismo estiver errado). No entanto, se aceitarmos que as diferenças biológicas entre os sexos são suficientemente fortes para distorcer nossa escala de valores em favor do sexo dominante e para condicionar as escolhas que mulheres e homens fazem, haverá muito que discutir, muito que mudar.

― 041 ―

Um comentário:

Niels disse...

Um teste interessante para avaliar a validade ou não das premissas da Psicologia Evolucionista seria conhecer o grau de benestar dos filhos das mulheres que não foram "burras" e optaram pelo poder e pela agressividade: alguém sabe no que deram os filhos da Margareth Thatcher, da Angela Merkel, ou mesmo da nossa Dilma Roussef?