domingo, 14 de novembro de 2010

RESPOSTA BIZARRA À LONGEVIDADE

É sabido que as mulheres vivem mais que os homens. Acima de 100 anos são duas para cada um. No passado, tentou-se explicar o fenômeno afirmando que os homens se estressavam no trabalho enquanto as mulheres ficavam tranquilas em casa cuidando da família. Besteira! As mulheres se atiraram no mercado de trabalho acumulando encargos profissionais aos de dona de casa e continuaram mais longevas. Agora se diz que vivem mais porque se cuidam melhor.

Acatamos explicações comportamentais sem maiores questionamentos porque, se o problema decorre de nossas atitudes, é só mudá-las. No caso, bastaria ao homem alterar seus hábitos de saúde para tornar-se tão longevo quanto a mulher. Vale a pena. Mas, se a seleção natural fez a mulher biologicamente mais resistente porque seu papel na criação dos filhos é maior e sua sobrevivência é mais importante para a continuidade da espécie, o que o homem poderia fazer?

A resposta da ciência é bizarra demais. Os mesmos hormônios que tornam o macho mais forte que a fêmea, encurtam-lhe a vida. Como alguns donos de cães e gatos já perceberam, a vida média dos machos castrados é maior que a dos inteiros. Sem hormônios masculinos, eles vivem mais. Portanto, o homem que quiser uma longevidade mais feminina terá de mudar mais do que seu comportamento negligente com a saúde.

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