segunda-feira, 7 de maio de 2012

AQUI, AGORA E... NO FACEBOOK TAMBÉM


Minha mulher resolveu fazer um curso de budismo à noite. Convidou-me a acompanhá-la e até pagou minha inscrição. Na plateia havia umas 40 pessoas, dentre as quais, mais de 30 mulheres. Não acredito que elas tenham particular interesse pelo budismo. As mulheres também são maioria nos cursos de história, arte, psicologia, culinária, atualidades, etc, pois o interesse variado é próprio da natureza feminina.  Já na Pré-História, enquanto os homens saíam para caçar, as mulheres dedicavam-se a casa, aos filhos e a muitas outras atividades, inclusive, a fazer fofoca – ferramenta de rede social precursora do Facebook.

Durante o curso, destacou-se a unicidade de cada momento da vida, que é um conceito multicultural: o filósofo grego Heráclito (aprox. 500 a.C.) dizia ser impossível entrar duas vezes num rio, pois, na segunda, o rio não seria mais o mesmo, nem a pessoa. Como cada momento da vida humana é único, budistas e filósofos ocidentais recomendam vivê-los com dedicação.

Na saída da última aula, quatro alunos interceptaram o professor para uma última pergunta. Nem bem ele começou a respondê-la, uma das moças do grupo sacou seu iPhone e pôs-se a surfar pela internet, mandando às favas a tão decantada preciosidade do momento único (além da recomendável polidez).

Foto: Buda de Jade de Bancoc, foto do autor.
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