segunda-feira, 27 de outubro de 2008

MULHER ASPARGO?!

© Mikoo / Dreamstime.com
Já que falei sobre dieta na última postagem, “é bom lembrar que nem sempre o padrão de beleza foi tão sacrificante para a mulher. Divas do cinema imensamente sensuais como Marilyn Monroe não eram magras. E as Vênus e Afrodite retratadas na pintura clássica hoje teriam vergonha de seus corpos balofos. Embora tenhamos aprendido a admirar a magreza, ela não é naturalmente bonita. Magreza denota subnutrição e o que nosso instinto animal vê como belo é a aparência saudável que prenuncia uma boa capacidade reprodutiva. É por isso que as magricelas podem ser elegantíssimas, matar suas amigas de inveja, mas nunca serão consideradas ‘gostosas’ pelos homens.” Já reparou como as boazudas do funk são chamadas de mulher 'melancia’, ‘melão’ e ‘jaca’, nunca de mulher 'aspargo’ ou ‘batata-palito’.

O texto entre aspas foi extraído do livro “Dá trabalho ser feliz, mas vale a pena”.

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4 comentários:

Anônimo disse...

Tem uam vênus horrorosa, esqueci o nome agora. Do tempo que a fertilidade da mulher estava associada à fertidader da terra.
É tipo uma mulher que já teve muitos filhos e amamentou bastante. Agora imagine a figura.
(Vc pode vê-la no livro O Homem
e Seus Símbolos, do C G Jung).
Mas há casos em que a gordura era associada à boa-vida. Qdo houve a ascensão da burguesia, logo depois da revolução francesa, era chique não fazer nada, ficar parada, comendo bem .
Nem tudo é genético; tem coisas culturais.

Flávio Franklin disse...

Maria Angélica,
Diverte-me explorar os fenômenos que permeiam a diversidade cultural ou vão contra os ditames da moda. Você há de convir que a cultura contemporânea joga pesado a favor da magreza, a ponto de conseguir a adesão (quase?) unânime do gosto das mulheres. Por que toda essa pressão cultural não mudou a preferência da libido masculina? Não seria o caso de se buscar explicações na natureza humana subjacente à cultura?

Anônimo disse...

Será que não mudou ? Será que a diferença entre cintura e quadris continua sendo a mesma que atraía homens na pré-história ?
OLha que a vênus a qual eu me referi era um tanto bagulhenta... Vai ver que a libido masculina a explorou tanto até ela ficar daquele jeito.
Esse debate (ou embate) entre genética X meio nucna via acabar, Flávio. Mas a algumas coisas eu me rendo. Você, parece que não.
Abraços , e obrigada por responder aos meus comentários. Blogs assim sempre me cativam mais . :0))

Flávio Franklin disse...

Maria Angélica, concordo com você que as preferências masculinas em relação a mulher variam no tempo e no espaço, ao sabor das diferentes culturas. É sabido que quando os diretores cinematográficos fazem filmes de época, têm o cuidado de adaptar os tipos físicos, roupas, cabelos e maquiagens ao gosto moderno. O que no cinema nos parece genuinamente representativo de uma época é, na realidade, um visual já devidamente adaptado ao gosto contemporâneo. Resumindo, não nego as influências do ambiente, mas a função deste blog é justamente realçar tudo aquilo que transcenda a elas, de acordo com o entendimento evolucionista.