quinta-feira, 8 de abril de 2010

+ BBB

Não assisti o BBB. Meu desafio é fazer um comentário sobre o desfecho do programa tendo visto apenas frações de segundo antes de trocar de canal: Se o programa fosse na Suécia, Dinamarca, Japão ou Canadá, provavelmente, o Dourado não venceria; mas teria grande chance no Haiti, Bolívia, Paquistão, Iraque e na maior parte do continente africano.

A afirmação baseia-se no artigo Uma Sociedade Livre de Doença Ajuda Homens Afeminados Atraírem Mulheres publicado na The Economist de 18 de Março p.p.

O sistema imunológico do homem viril é mais eficiente, porém, o indivíduo menos másculo é mais atencioso com mulheres e crianças. Pela lógica evolutiva, sob má condição sanitária, a mulher deveria valorizar mais a boa genética imunológica que o bom comportamento do homem. E isso realmente acontece.

Pesquisadores alteraram eletronicamente as imagens de 20 rostos masculinos acentuando e suavizando características viris. Produziram 20 pares de fotos (mais másculo, menos másculo) que foram mostrados para 4.800 mulheres de 30 países para escolherem o homem mais atraente de cada par. O resultado permitiu calcular o grau de “preferência de masculinidade” das nações participantes.

Os cientistas tentaram associar o resultado a padrões nacionais de riqueza e de comportamento, mas não encontraram correlação. No entanto, ao comparar com indicadores de saúde ― como a mortalidade infantil, a expectativa de vida e o grau de disseminação de doenças transmissíveis ― ficou claro que quanto piores os indicadores de saúde, mais as mulheres preferem os machões.

Portanto, é natural que no Brasil, onde quase metade da população não tem esgoto e morre-se de dengue até nos centros urbanos, machões como Dourado e Diego Alemão levem vantagem (imaginando que a audiência do BBB seja majoritariamente feminina).

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