quinta-feira, 29 de abril de 2010

É DURO SER NEGRA NA AMÉRICA

Os EEUA são considerados pelos estudiosos um “mercado de casamento” geográfico e racial, isto é, a maioria dos casamentos acontece entre pessoas de mesma raça e na mesma comunidade. Aí começa o problema amoroso da mulher negra americana.

Entre 20 e 29 anos, um em cada nove homens negros americanos está preso (e apenas uma em cada 150 mulheres). A retirada desses homens do “mercado de casamento” provocou consequências importantes:
  1. Os homens disponíveis ficaram mais valorizados.
  2. Valorizados, eles querem namorar muitas mulheres, em vez de se casar com apenas uma.
  3. As mulheres, dada a dificuldade de encontrar um homem com quem dividir o orçamento doméstico, redobraram o investimento em suas carreiras profissionais.
  4. Hoje, a mulher negra goza de maior nível econômico e cultural que o homem negro (40% mais mulheres que homens vão à universidade).
  5. Como a mulher é naturalmente seletiva, ela deseja um homem (no mínimo) de seu nível, o que diminui ainda mais suas possibilidades amorosas.
  6. Enquanto as taxas de encarceramento explodiram entre 1970 e 2007, a proporção de mulheres negras nascidas nos EEUA com idade entre 30 e 44 anos que são casadas caiu de 62% para 33%.
  7. Sem diploma do ensino médio, apenas 11% das mulheres negras nascidas nos EEUA com idade entre 30 e 44 anos tinham um marido com emprego em 2007.

Uma atraente mulher negra, doutora de um hospital em Washington (DC), conta que namorava há seis meses um eletricista quando ele recebeu um telefonema de outra namorada. Questionado, disse que não julgou que o relacionamento devesse ser exclusivo. Ou seja, a médica imaginava-se uma “princesa” para o eletricista, mas ele não pensou que ela quisesse ser a única com tantas outras “dando mole por aí”.

Dados e exemplo extraídos do artigo “Sex and the single black woman” da edição de 8 de abril p.p. da “The Economist”. A foto é meramente ilustrativa, não é a doutora da história.

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