
Quando o ambiente muda, espécies mais bem adaptadas à nova realidade proliferam-se enquanto outras sucumbem. É a seleção natural.
A espécie humana suportou bem as mudanças em seu habitat provocadas por 1, 2, 3, 4, 5, 6 bilhões de pessoas. Suportou ainda o padrão de vida devorador de recursos naturais e poluidor de 800 milhões de europeus e americanos. Mas, suportará mais 2,8 bilhões de habitantes dos BRICS ― Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul ― cujo estilo de vida ameaça aproximar-se rapidamente do padrão dos países desenvolvidos?
A espécie humana corre grave risco e os ecologistas nem sempre agem com inteligência.
Por exemplo, a água potável é um bem abundante e renovável em nosso país. E o governo veicula uma campanha na tevê incitando o cidadão a fazer pipi no banho para economizar água. Ridículo, o país todo tem fartura de água, a exceção, talvez, do semi-árido nordestino. Imagine o ribeirinho, às margens do Amazonas, assistindo a propaganda.
A solução é não poluir. É preciso suprir a população de saneamento básico (para que o esgoto in natura não contamine a água potável de lençóis freáticos, rios e lagos), o que requer competência; coibir as construções populares nas encostas de morros e margens dos rios, o que é impopular e custa votos; impedir as empresas de lançarem resíduos químicos sem tratamento na natureza, o que exige empenho; etc.
Poupando água você economiza uns trocados ao final do mês e só. Mas não contribui em nada para as futuras gerações.
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