terça-feira, 16 de agosto de 2011

OS AFEMINADOS DE INSENSATO CORAÇÃO

Não me refiro aos personagens homossexuais, pois estes não são afeminados. Vejamos os três principais. O casal Hugo e Eduardo são dois homens, de comportamento plenamente masculino, que se amam. O Roni não é afeminado, é gay, no sentido próprio do termo. Seu comportamento é, simplesmente, mais alegre e divertido que o de homens comuns como Hugo e Eduardo. Afeminados são André, Raul, Pedro e Douglas.

André, que na primeira parte da novela era o estereótipo do “machão-pegador”, ao enamorar-se por Carol virou mulherzinha. Ela chega tarde do trabalho, exausta e impaciente ― comportamento tipicamente masculino ― e o encontra sempre em casa cuidando ou, simplesmente, paparicando o filhinho. Raul completa o triângulo amoroso no papel passivo da “outra”, a mulher que aguarda esperançosa seu homem decidir-se entre a esposa e ela. É o amor típico da subalterna pelo chefe casado. Sua estratégia de sedução é mostrar-se excepcionalmente doce e compreensiva para que, comparativamente, ele enxergue a esposa como megera. Carol é o “homem” disputado pela “esposa-mãe” (André) e a “outra” (Raul).

Como Pedro passou a maior parte da novela desempregado, ele, qual uma esposa tradicional, estava sempre em casa a espera do cônjuge-provedor (Marina) voltar do trabalho. Ela é mostrada como uma excepcional empresária. Ele é, basicamente, disponível e amoroso.

Douglas vive as agruras da noivinha entusiasmada com casamento, igreja, cerimônia, festa, roupas e fidelidade que vai se casar com um típico machão ― Bibi ― que não liga para essas “frescuras” e deseja, apenas, sexo.

Na vida real, os padrões comportamentais e emocionais masculino e feminino têm fundamentos biológicos que atendem às especificidades reprodutivas de cada sexo. É a natureza, e não a cultura, que propicia ao homem trair sem culpa ou fazer sexo sem envolvimento e à mulher não ou, praticamente, não. Na novela, para deleite do público feminino, as mulheres traem sem culpa, divertem-se fazendo sexo sem envolvimento e jamais depreciam o maridinho desempregado que fica em casa a espera delas.


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Um comentário:

Anônimo disse...

CADA UM TEM O DIREITO DE SER EFEMINADO OU "MACHÃO"
Alguns são assim por opção, outros nasceram assim, mas também há quem adquira os trejeitos do outro com o convívio.

Me admira muito ver um conteúdo desta origem em um blog de uma pessoas que se descreve tão incrívelmente em seu perfil do blogger...

O CONTEÚDO DESTA POSTAGEM ESTÁ RECHEADO DE PRECONCEITO.

L A M E N T Á V E L !!!