segunda-feira, 8 de junho de 2009

A ANGÚSTIA DO HOMEM (Parte Final)

Terminei assim a última postagem sobre a angústia do homem atual: O homem não se angustia por perder o papel de provedor ou de aventureiro, como supôs o psicanalista, ele se angustia com a perda da dominância. Quando a mulher prepondera no casal ― porque ganha mais ou por outra razão qualquer ― o homem fica infeliz e seu desejo por ela diminui. Por quê? Que fazer?

Antes de responder, vamos nos reportar à Pré-História, palco de imensa mortalidade infatil. O homem que não cuidasse com mão de ferro da fidelidade sexual da companheira corria sério risco de que seus filhos sobreviventes não fossem biologicamente seus. Sem descendentes, seus genes morrem consigo, inclusive os de liberalidade com o comportamento sexual da mulher. A prolongada repetição deste fenômeno de Seleção Natural fez (quase?) se extinguir a aceitação do homem à infidelidade sexual feminina.

O livro “Dá trabalho ser feliz, mas vale a pena”, ao explicar uma das muitas qualidades sedutoras da mulher, responde às perguntas propostas:

A submissão é outra “fraqueza” sedutora na mulher. Também sinaliza fidelidade. A mulher que alardeia que faz o que quer aparentemente também transa com quem quer. E isso é ameaçador demais para o homem que procura (ou tem) uma companheira.
Esse aspecto da feminilidade é realmente complexo. A mulher tem que ser segura na vida profissional, autoconfiante nas mais diversas situações e, ao mesmo tempo, submissa ao homem de seu interesse. Difícil, mas nem tanto.
É notório que as mulheres têm mais competência emocional do que os homens. Muitas delas, seguras dessa superioridade, conseguem administrar uma aparente submissão sem comprometer sua paz de espírito: cedem, sem pudor, quando têm que ceder; “abrem mão” do que não lhes interessa como se abdicassem de algo valioso, e quando têm de fazer o homem ceder fazem-no com tal habilidade que ele se sente orgulhoso da própria generosidade.
O grande dilema da mulher atual é que seus sentimentos, de natureza arcaica, valorizam o homem dominante; mas sua ideologia moderna não admite ser dominada.

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